sexta-feira, outubro 06, 2006

Uma noite extraordinária...


Hoje dormi contigo. Não podia ouvir a tua voz ou sentir o teu contacto, mas a tua luz e o teu calor coruscavam em cada canto do meu quarto. Vou contar-te:

No quarto as lembranças desenhavam uma pista que vigoravam-me o peito. O meu olhar perdeu-se na imensidade do teu corpo. Os minutos passeavam entre as horas e deslizavam como uma simples miragem enquanto te observava.

Tinhas as mãos abertas como asas, na tua cintura descaía um fino lençol que definia uma curva de cuja espécie ou género não há igual, o desenho dos teus ombros cheiravam a castanha e as linhas e sombras dos teus lábios acariciávam os meus.

Lá fora a chuva e a bruma intensificavam o mistério do teu toque. Permaneci imóvel, quase sem me atrever a respirar, enquanto descobrias o meu corpo. Os teus dedos cheiravam a terra molhada e a minha pulsação disparava com o roçar da tua pele.

Nunca me tinha sentido tão seduzido.

Esta noite mostrou-me que posso viver mais e mais intensamente, que posso contigo voltar a sentir como outrora. Obrigado por tudo!

Obrigado pelo quê?
Por tudo! Não faças perguntas difícies.

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