sexta-feira, setembro 29, 2006

Sexta-feira de birra!

- A vida não é assim! Claro que não! E nada tem de acabar assim, porque a vida não é assim!
- Vá, tira essa cara de birra e vem beber uma mini!
- Não vou!
- Vens, vens! Porque eu quero!
- Não quero sair daqui...
- Vá, levanta o rabo preguiçoso da cama, e vem aproveitar o dia que hoje é sexta-feira!
- Não... hmm... hoje é sexta-feira?
- Sim! Bora!
- Está bem... pronto, eu vou...

Digam-me!

As nuvens resvalam o céu e as ruas morrem submergidas sob um campo de neblina ardente. Eu perdi o Amor. Digam-me que a vida não é isto!

As nuvens escancaram-se e o céu estrelado surge sob uma tela estrelada de esperança... Digam-me que a vida não é isto! Eu encontrei o Amor! Porque foge agora? Não percebo... parece uma criança que corre desenfreadamente do papão! Anda cá! - grito - Eu não te quero magoar... E a criança continua a fugir... a correr cada vez mais rápido...

E depois disto? Desisto! Não há mar para navegar, nem terra para cavar. Não há um único farol com luz, nem uma terra molhada!

Digam-me que isto não acaba assim. Por favor! Não pode acabar assim! Não tem de acabar assim! Digam-me por favor! Eu quero acreditar!

quinta-feira, setembro 28, 2006

Entre os 24 e 30 anos...

Chega a determinada altura das nossas vidas (entre 24 e 30 anos!) que tudo parece mudar.

Desânimo, depressão, medos, resmunguice...

Tentem pensar no bom que é a maturidade. Ter consciência de quem realmente somos, conquistar coisas importantes com o nosso próprio esforço... é tão bom!

Não pensem em culpa! Substituam a palavra culpa por responsabilidade e tudo ficará mais claro!

Calma! Tenham calma! As mudanças não acontecem de uma semana para a outra... Podem durar 1, 2 , 3 meses... Vamos com calma!

Mas é tão bom! Faz-nos sentir puros, únicos e especiais. Se algum dia sentirem isto e estiverem sozinhos, partilhem! É vossa obrigação partilhar os sintomas da maturidade! E há tanta partilha para fazer ainda... Porque, afinal, a vida não é só festa! É participar e partilhar!

Telefone a essa pessoa que guarda aí dentro do peito e partilhe! Dê todo o seu amor! No seu máximo esplendor! Surpreenda-se, vai ver que não se arrepende!

quarta-feira, setembro 27, 2006

Capítulo Primeiro

O Nuno teve os últimos anos em grande. Festivais de Tunas, Arraias de estudantes. Ele teve em todos e brilhou em todos, qual estrela no firmamento.

- Estou mesmo em baixo. – confessa o Pedro ao Nuno numa festa que estava cheia de mulheres – Cada vez percebo menos as mulheres. Afinal o que é que elas querem?

- “Pouussss” – Nuno com uma expressão de compaixão e aceno – Uma das coisas que a mulher mais quer, antes de mais nada, é atenção!

- Mas eu dou tudo aquela rapariga!

- A mulher quer e precisa de ser notada, observada, ouvida, considerada. A mulher quer dos homens a atenção para o facto da sua condição de mulher, mulher feminina, com gentilezas e docilidades. Elas querem que a notem por sua condição de sensibilidade, generosidade e compaixão.

- E eu ouço a Maria. Nós falamos sempre tanto.

- Não é o facto de falar e ouvir. É mostrar que a presença dela na mesma sala em que tu estás, não te é indiferente. E como as mulheres se esmeram para serem notadas! Toda aquela essência de mulher... – Nuno suspira.


O Pedro confia no Nuno. Olha para ele como um exemplo a seguir. Vê no Nuno alguém tão forte, confiante e certo sempre de tudo. Um exemplo. Entretanto, passa uma rapariga em frente deles. Vinha com uma saia verde larga pelo joelho e uma camisola branca com o decote generoso. A lingerie só podia ser preta. Terminava com uns saltos altos e uns adereços coloridos.

- Repara nesta rapariga. Fez tudo para que fosse notada. – diz confiante o Nuno – Mas uma mulher, por muito forte que seja, quer também protecção. Não porque seja ou sinta-se incapaz de se proteger a si própria. O que realmente a motiva é a percepção da disponibilidade do homem para com ela: um braço que a ajude a sair do carro, que lhe seja oferecido o lado mais seguro do passei, um casaco que a abrigue do vento e do frio... Protecção significa o desejo que a mulher tem de perceber-se considerada a ponto de alguém (um homem!) fazer algo por ela, e não necessariamente para ela, por ela ser mulher.

- Eu sempre tive todos os cuidados com a Maria. Sempre lhe dei a minha capa de estudante quando tinha frio, a mão a passar a estrada, uma ajuda a transportar uma mala pesada. Tudo!

- Calma! Nem tudo é como dizem os manuais! A parte mais significativa da realização da mulher é a sua dedicação. Há, de uma forma ou de outra, na mulher uma capacidade de doação, de uma entrega a alguém ou alguma causa que a comove. A mulher precisa de dedicar a alguém todo o seu potencial de amor.


Enquanto falava com Pedro, o Nuno acompanhava os movimentos deslizantes e pensados na rapariga na saia verde. Ao Nuno não lhe escapava nada. Um primeiro cruzar de olhos disse-lhe que havia ali desejo.
Continuou o Nuno.

- A mulher quer ser única. A mulher percebe em no seu interior que não é justo para ela, depois de tanto cuidado e doação, não ser considerada a única mulher por um homem. A sua auto-estima, amor próprio e senso de dignidade, no fundo mais do que ciúmes e egoísmos, a fazem reivindicar a unicidade da sua relação. Uma mulher não quer ser a favorita, quer ser a única!

- Nunca tive outra senão a Maria.

- A mulher quer estabilidade. Ser “para sempre” é o seu ideal! E para isso a mulher desenvolve uma capacidade de resignação e paciência admiráveis.

- Mas a nossa relação foi sempre estável. Será que ela quer alguma instabilidade na vida Nuno? Não a percebo...

- Ela não quer instabilidade, simplesmente foge da monotonia, procura aquela paixão, aquele friozinho na barriga que sentimos quando alguém nos surge e enquanta.

- Hmm... - Pedro suspira e solta uma lágrima.

- Pedro, tem calma. Não é preciso tanta ansiedade e frustração. A mulher é um bicho confuso e lindo. Vai correr tudo bem, tenho a certeza.

- Nuno! – acorda o Pedro como se uma estalada surpresa tivesse levado – Tu percebes tanto as mulheres, porque andas sempre a saltar de uma para a outra e não estabilizas a tua vida amorosa?

- Vou estabilizar, vou, e é já! – Nuno levanta-se em direcção à menina da saia verde, pelo caminho foi buscar mais uma imperial.


Pelo caminho olhou para trás e disse ao Pedro uma última frase:

- O que é teu a ti virá! Confia!

O malabarista

Malabarismo é a arte de manipular objectos com destreza e elegância.

Quando era mais novo, tentava fazer malabarismo com tantas laranjas que acabavam sempre por cair no chão algumas, quando não todas. O que fazia quando elas caiam? Ia buscar outra laranja ao cesto.

Sinto-me um malabarista. Reparem bem na graça e elegância dos meus gestos...

Cada laranja é um sonho. A vida é mesmo assim. Tenho 3 laranjas. Uma em cada uma das minhas mãos e a outra solta no ar. A que está no ar foi lançada com habilidade, conhecimento empírico, classe,... no entando o movimento que ela faz tem o seu próprio caminho e rumo. É como se eu tivesse lançado um sonho, no entanto, nem sempre tenho controlo sobre ele.

Neste momento, é preciso deixá-lo voar sozinho e pedir que ele cumpra, com destreza e dignidade o seu rumo, e chegue à sua meta realizado. Que caia de volta na minha mão com o seu objectivo cumprido.

De nada vale fazer malabarismo com muitas laranjas... É melhor começar esta arte circense com uma laranja de cada vez. Passinho a passinho, até chegar ás 2, 3, 4 ou 10 laranjas...

Dia 27 outra vez!!

E o dia 27 não para de me surpreender!

Estou tão feliz!

Passinho a passinho, de forma natural, tudo volta ao equilíbrio!

Estou tão bem!

terça-feira, setembro 26, 2006

41m + 1 = 42m

Hoje é dia 27 (bem, faltam uns minutos...) Mas hoje é dia 27 e o 41m poderia chamar-se 42m.

Quem sou eu? Que hobbies tenho? O que gosto de fazer? O que não gosto que me digam? O que me irrita? O que me faz chorar? O que me faz rir? O que me faz sentir vivo? O que me dá prazer? O que me faz explodir de alegria? Com toda a certeza que descobrirei. Haja tempo.

O nós só faz sentido se cada um dos dois existir por si só no firmamento.

Mas passinho a passinho, de forma natural, tudo volta ao equilíbrio. Quando? Ninguém sabe. Há que esperar... Se tudo o que for sagrado e verdadeiro, o for de facto, será universal e intemporal.

Haja o que houver!

Cito uma frase de uma grande amigo: "A vida é assim... Nunca perdi o meu tempo, apenas deixei que o tempo se perdesse em mim..."

De facto pertencíamos a patamares diferentes. De facto andei adormecido. Mas agora que estou preparado para mais este passo gigante na minha vida, estou acordado e mais certo do que nunca: És tu com quem quero ficar. És tu com quem quero acordar todas as manhãs e chorar de alegria por te ter a meu lado. És tu a mãe dos meus filhos. És tu com quem quero partilhar os meus pensamentos, minhas angústias, minhas leituras, escritos e músicas. És tu quem quero fazer rir e chorar. És tu quem quero ajudar nas tuas decisões. És tu a quem quero dar colo. És tu de quem quero colo. És tu e só tu.

Se de facto fores tudo isto e muito mais, irás senti-lo, mais tarde ou mais cedo. Se de facto valer a pena estou aqui.

Estou preparado para bater com a cabeça na parede outra e outra vez. Estou preparado para o que a vida me reserva. Estou pronto e quero mais. Mais, muito mais. O amor só faz sentido assim.

Do que tenho saudades? De saber que, mesmo cansado, alguém me espera. De partilhar momentos. De olhar do palco para o público e ver a minha mulher com olhos de desejo. Do teu sorriso, do teu cheiro, do teu toque. De passar os Domingos no ócio. De te ouvir cantar (mesmo mal!). De fazer amor à hora de almoço. De deitar-me e não pensar em nada porque tudo está bem. De percorrer as linhas do teu corpo. De sentir a tua respiração perto do meu pescoço. De sentir o calor do teu corpo húmido e suave colado ao meu. Do teu olhar de quem tem a certeza de tudo. Do teu beiçinho quando estás com birra. De olhar para ti enquanto lês ou vês a novela. De te ver sempre à procura dos óculos perdidos que aparecem sempre. De ti. Tenho saudades de ti.

E com este post, fecho o capítulo das personalizações. Tu sabes quem sou e o que sinto hoje. Se amanhã sentir o mesmo, óptimo. Posso dizer a todo o mundo que descobri a minha metade de laranja. Se amanhã não o sentir, posso dizer a todo o mundo que amei com todas as forças, fui feliz e existe ainda uma metade de laranja para descobrir. Agora sou eu.

Afinal hoje é dia 27. Dia que lembrarei todos os meses do resto da minha vida. Dia 27! 2 dias depois de dia 25 e 3 dias depois de 24.

Hoje é dia 27. Hoje estou certo que amo. E dia 28 que me acontecerá? Não sei, mas estarei aqui para ver. Estou pronto.

Metades do mundo

É um ciclo vicioso
Que nunca vai ter fim
Anda meio mundo atrás

Doutro meio mundo assim

Todos procuramos ser felizes com alguém, partilhar a nossa vida com alguém, viver alegrias e tristezas com alguém... Porque é que uns procuram a sua cara metade e outros preferem estar sozinhos?

Eu percebo que o reencontro conosco próprio seja bom, no entanto, penso que a solidão é dos piores vícios da vida...

ERRATA: Quando não nos apetece partilhar, mais vale estar sozinho.


segunda-feira, setembro 25, 2006

Chega a sexta-feira...


Agora que sei as respostas todas, mudaram as perguntas... porque tudo à nossa volta muda constantemente. Aquilo que chamamos rotina e monotonia está repleto de novas propostas, desafios e oportunidades. Porque não percebemos que cada dia é diferente do anterior?

A vida é isso mesmo. Feita de pequenos e grandes milagres. Nada é aborrecido porque nada é estático.

É sexta-feira. Chegamos a casa cansados, sentamo-nos no sofá, ligamos a televisão e fazemos um zapping rápido. Não há novidade nenhuma.

Temos alguém ao nosso lado a ler um livro,ver a novela. Ela não sabe porque o faz. Fê-lo toda a vida!

Errado! Levante-se do sofá já e leve-a a um sítio onde nunca foram. Faça-lhe uma surpresa, porque a vida não é isso. A vida é entusiasmo. Dê todo o seu amor a essa mulher. Agora. Já. Sempre. Porque amor não é dar e receber, é participar. Temos de o aceitar com a sua pureza, humildade e grandeza.

Pensamos: "É melhor não provar do cálice da alegria porque, quando este nos faltar, iremos sofrer muito!" (Maktub).

Eu digo: por medo de chorar, deixamos de rir. Por medo de dar, deixamos de receber. Por medo de viver, estamos a morrer.

domingo, setembro 24, 2006

Eu existo, estou aqui!

Agora sou eu! O meu tempo e o meu espaço.

Eu existo, estou aqui! Não vou a lado nenhum! Já venho!

Porque o eu é maior que nós!

Até já.

2 rosas

O hoje faz-me sentido. O hoje tem de fazer algum sentido. O hoje sou eu.

Tens aqui duas rosas: uma branca, outra encarnada. Por tudo o que vivemos e sempre acreditámos juntos, escolhe uma e deita a outra fora.

Já não tenho nada a perder, por isso lanço os dados uma última vez, sem medos. É a tua vez de jogar.

Argh!

Irritas-me. Porque não lutas por algo que sempre achaste que valia a pena?

Dizes-me nos olhos que desistir não faz parte do teu dicionário! Pois deixa-me que te diga que é exactamente isso que estás a fazer!

Estou a escrever-te porque preciso de falar contigo, de te abanar e não consigo. Porque sinto o coração apertado e não posso fazer nada a não ser escrever e esperar.

"Apaixonei-me por ti, pela tua força, pela tua capacidade de ser verdadeira e directa. Hoje nada disso existe.
Quero encontrar a pessoa pela qual me apaixonei, que sabe chorar mas ser firme. Que sabe comunicar comigo porque o faz naturalmente. Porque tem coragem de ser verdadeira sem intenção de me magoar."

Quero que não baixes os braços. Quero ver-te lutar. Não te quero ver desistir.

Porra! Uma luta de dois, tem de ser combatida a dois! Mano a mano!

"Que se lixe, lancei os dados, agora é a tua vez de jogar... Sem medos!"

Amo-te

sábado, setembro 23, 2006

Vi-te nas mãos do marceneiro... mas eu sou carpinteiro!

Não tenho medo. Não me sinto constrangido. Mas sinto a tua presença... Sei que estás aqui, ou ali. Sei que estás.

A chuva bate violentamente nas minhas janelas. Como quem diz que o verão acabou (e acabou hoje à noite mesmo!) e uma nova era se inicia. Canto com toda a minha alma, olho para cima e sinto as gotas molharem-me o rosto cansado. Sinto-me finalmente o Carpinteiro de Luto. Mas um carpinteiro que olha para as suas façanhas com um orgulho de encher o peito. Como se nada se comparasse ás suas obras. Como se: "Olho para ti o pincel parte, sozinho louco num sonho de arte..."

Como carpinteiro que sou, não deixo uma obra sem conserto. Não deixo de acreditar só porque sim. Desistir não existe no meu dicionário. Embora a luta seja insípida, pouco clara e injusta, não baixo os braços. Não fui talhado para fugir (nem nenhuma das minhas obras!). Se uma obra minha se queimar, sei que luzirá mais que tudo, porque se é para queimar ao menos que valha a pena, e o seu coruscar será ímpar.

Ver as minhas obras nas mãos de um marceneiro, um fabricante igual a tantos outros, de nada vale para mim, um carpinteiro, alguém que trabalha as suas obras com ornamentos e embutidos.

Sinto-me tão bem...

sexta-feira, setembro 22, 2006

Viva o momento

Quando Ele nos provoca não é em vão. Ele abana-nos os pilares, as bases da nossa cadeira, e nós só temos uma opção: deixa-Lo.

Muitas vezes pensamos que já passamos por uma situação repetidamente ao longo da nossa vida. Na verdade, nós sabemos que sim, mas se estamos a passar pelo mesmo obstáculo, foi porque Ele achou que ainda não aprendemos o necessário para o ultrapassar. Enquanto não aprendemos tudo o que essa barreira nos tem para ensinar, ela voltará, mais cedo ou mais tarde.

Todos os caminhos que percorremos e obstáculos que nos aparecem levam-nos ao coração. Temos de mergulhar sem hesitações nesse rio. Somos livres de escolher o caminho, mas é preciso coragem, desprendimento e, por vezes, um dose certa de loucura. É obrigatório viver a vida espontaneamente! Só assim tem piada: desfrutar intensamente os momentos que nos dão. Renunciar o entusiasmo das situações é perder alegria e vida.

Hoje estou sereno porque aceito o que a vida me dá. Sei que há alguma razão, mesmo que não a compreenda. Tem de haver uma razão!

Hoje estou sereno e radiante pela vida que tenho! Olho-me no espelho e vejo um brilho nos meus olhos.

Hoje estou sereno porque te olho nos olhos.

Vivo o momento! E é tão bom...

Estou bem! Estou feliz!

quinta-feira, setembro 21, 2006

O luto


O luto é um sentimento humano. O luto tem diferentes formas de expressão. O luto é necessário.

Porque é que só damos valor às coisas quando as perdemos? Porque choramos no luto? Porque perdemos uma coisa que realmente amamos ou porque perdemos uma coisa que outrora foi nossa?

Se Ele me deu algo lindo durante tanto tempo, agora Ele mesmo pediu-me uma prova! Consegui! Estou aprovado? "Quando Ele nos provoca não é em vão!" Isto tem de fazer algum sentido...

No luto as letras de músicas da rádio fazem-me mais sentido. O vento frio no rosto suado sabe-me melhor. A água no chuveiro da manhã sabe-me a depuração da alma. Um sorriso desconhecido faz-me sorrir. Um olhar triste faz-me chorar. O sol sabe-me a saudade. Um abraço sabe-me bem. O mar dos olhos sabe-me a sal.

Vou fechar a minha batina e prender a minha capa. Estou de luto. E o luto faz-me bem porque o amanhã cheira a mudança.

Até já.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Objectivo primeiro cumprido!

Repara no meu sorriso sem olhares para a boca.

Contigo ou sem ti, objectivo primeiro cumprido!

Mesmo que seja um pouco teu, isto é meu! Ninguém me o tira! Eu sou grande!

terça-feira, setembro 19, 2006

O carpinteiro

Sou um carpinteiro. Ou pelo menos sinto-me um. E tenho uma mesa para consertar!

A nossa vida é isso mesmo. Uma mesa. A minha com 4 pernas. Cada uma das pernas é um pilar da minha existência. Seja alguém, algo ou um determinado objectivo.

Em cima da mesa tenho tudo o resto que é importante.

Se alguma das pernas da mesa se parte, tudo o que está em cima fica desequilibrado e vacilante.

Há que parar e pensar na melhor forma de tudo voltar à normalidade.

Há 3 opções:
  1. Reorganizar as pernas da mesa;
  2. Substituir a perna estragada;
  3. Redistribuir o peso em cima da mesa.
A primeira opção implica um reestruturação das bases sagradas. Mesmo os cães urinam com 3 patas e não caem!
A segunda, é uma fuga. Infelizmente, não há insubstituíveis.
A terceira é uma nova definição de prioridades.

Independetemente da opção escolhida, há que encarar a situação de conserto, como um crescimento interior. Bem sei que todos os crescimentos, mesmo os físicos, doem. E muito! Mas é a oportunidade de uma vida.

Nada disto faz sentido agora, porque a mesa está tombada e tudo o que estava em cima dela está espalhado pelo chão. Mas passinho a passinho, de forma natural, tudo volta ao equilíbrio.

Quando? Ninguém sabe. Há que esperar...

Se tudo o que for sagrado e verdadeiro, o for de facto, será universal e intemporal. Reparem num copo de água e um pouco de azeite. Agitem intensamente. Passado algum tempo o azeite vem sempre à superfície.

O que nos aconteceu?


Mantarrota, 2005
(foto por Vasco)


Acordar por vezes desperta a ansiedade e saudade de um vício saudável e bom.

O que nos aconteceu? Isto não faz sentido nenhum!

Quero agarrar a tua mão com tanta força, como uma árvore se agarra ao seu fruto. Quero subir ao dorso de uma nuvem contigo a meu lado e mostrar-te tudo. Tudo!
Raios! Tanto entusiasmo falhado! Tanta promessa em vão! Tantos sonhos!

O que nos aconteceu? Isto não faz sentido nenhum!

segunda-feira, setembro 18, 2006

Goodbye my Lover


Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I've seen you cry, I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I'd be the father of your child.
I'd spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true.
I cannot live without you.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bear my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow.

James Blunt

Tela


Monte Gordo, 2004
(foto por Vasco)

Corpos despidos no tapete do chão

Sentados e quietos aumenta a tensão

Olhos fitados sem desligar

Bocas que pedem para esmagar


Pararam e olharam-se. Os olhos dizem tudo. Não foi um simples beijo. Foi uma promessa.

Tempo e Espaço


Monte Gordo, Agosto 2004
(foto por Vasco)

A concepção comum de tempo é indicada por intervalos ou períodos de duração.
As crianças de colo não têm noção de tempo e adultos com certas privações também não.

O espaço tem uma geometria correcta, ou a geometria espacial é puramente convencional? Absoluto ou Relativo?

Quanto tempo o tempo tem?

A vida é um carrossel. Quando parece acabar, há que esperar pela próxima voltinha e comprar outra ficha na cabine.

Hoje sei que amo. Sei que o meu amor é puro. E depois do tempo? Se a pureza do amor for límpida como água da nascente, amarei com toda a certeza. E se não for?

Raios partam o tempo! Sou impaciente, ansioso e não sei esperar. Tenho tempo para aprender.

Epílogo

A vida é feita de encontros e desencontros, de espaço e tempo. A estória que vos conto é uma vivência igual a tantas, insignificante e marcante como todas as outras.

Tenho 42 anos, sou novo e maduro o suficiente para vos descrever a vida destas pessoas únicas, especiais e puras como você, como eu, como nós.

O Nuno é estrela.

A Ana é estrela.

E tantos outros!


Era uma vez... (assim começam todas as estórias).

domingo, setembro 17, 2006

Porquê?

Porquê mais um blog?

Uma forma de dizer o que quero, quando quero. Uma forma de me re-encontrar.
Porque a vida é assim mesmo.