quinta-feira, novembro 30, 2006

Mão na mão

Era uma vez um rapaz de olhos castanhos como o fruto e uma menina de olhos verdes como os campos alentejanos de Março.

Estavam a brincar os dois aos castelos de areia numa praia do litoral virgem alentejano. O castelo era enorme: tinha 5 torres, um átrio muito grande e várias dúzias de janelas. Os meninos imaginavam-se como um cavaleiro e a sua princesa. Passavam horas e horas sem que se dessem conta.

Certo dia, uma onda desfez o castelo! Muito tristes bateram na água tanto tanto, que ficaram todos molhados e sujos de areia com os salpicos. O mar forte e revoltado nem se preocupou com o chapinhar das crianças... Os meninos olharam um para o outro e soltaram uma gargalhada sincera. Deram as mãos, caminharam um pouco pela beira-mar e escolheram outro sítio para construir um novo castelo. "Desta vez maior! Diferente! Mais forte!" - Prometeram um ao outro.

Felizes aqueles que têm alguém ao lado; que mão na mão vão crescendo juntos e sorrindo. Porque o mundo não é pequeno, mas imenso como o mar.

4 comentários:

Filipe Pereira disse...

... e mesmo quando crescemos e nos tornamos maiores, nós não somos grandes, mas pequenos como grãos de areia...

Andorinha disse...

Gosto de ver as crianças construir e reconstruir. Qdo somos grandes parece que nos esquecemos que tudo isto é possível.
Adorei. Beijos

Mário disse...

Andamos muito parnaseanistas...hein?

Abraço

Sandrinha disse...

Felizes aqueles quem têm alguem a quem dar a mão e brincar na areia... tens razão!