Nota: este post é fictício na sua íntegra. Foi fruto de devaneios mentais. Não é auto-biográfico, nem pretende ser. Dedico-o a todos os apaixonados que ainda escrevem cartas de amor.
Ontem vasculhei memórias de outros tempos. Tempos em que se escreviam cartas. Vi um rapaz de caracóis sereno, com os olhos embergados de paixão a gatafunhar num papel. Quando acabou, sorriu para mim e deitou fora os gatafunhos. Curioso, aproximei-me e li:
O vento fresco da manhã envolve a minha pele com a mesma doçura com que me olhas. De repente deu-me uma saudade imensa daquele tempo em que tínhamos menos preocupações, daquele tempo em que nossas mentes e almas estavam dedicadas e dirigidas apenas para o prazer e para a satisfação do outro. Relembro esses tempos em que sorríamos com mais naturalidade e só o simples facto de estarmos juntos, era por si só fantástico. Tornamo-nos exigentes demais! Estamos viciados numa mania estranguladora de procurar em lugares distantes algo que talvez esteja mesmo diante de nós.
Parei para pensar um pouco e concluí que ainda é possível revivier aquela época em que ausência do outro nos despertava a mais feroz das saudades, aquele tempo em que a chegada do outro nos fazia transbordar de felicidade.
Agora o manto da noite cai lentamente envolvendo-me numa bruma apaixonante. Tu não estás. Pouco a pouco a saudade invade-me e fico aflito a olhar para a porta, à espera que tu chegues de surpresa a qualquer momento. No meu peito ouço o bater de prazer e ternura.
Interrompo o devaneio de imaginar esse reencontro. Levanto-me de forma fugaz e sirvo-me de um copo de vinho. Aos poucos sinto-me mais feliz, porque o vinho contido neste copo traz-me os aromas frescos dos bosques e dos elementos que me alimentam o espírito. É através deste vinho que me chegam sensações, onde as dúvidas se desvanecem e o existir se torna claro e límpido como o nosso amor. É da natureza brilhante e transparente do vinho que me chegam respostas reveladoras e a consolação para todas as dores que a tua ausência me provoca.
Queria brindar contigo! Queria brindar ao amor que habita nas nossas almas!
Vou-me deitar mais uma vez sozinho, mas não são poucas as vezes em que me descubro a procurar o teu corpo na minha cama. Dou-te a mão e fecho os olhos. Sinto os teus cabelos no meu ombro, cruzo o meu braço sobre ti e acaricio o teu ventre por toda a madrugada, por toda a minha vida.
É tão bom ver emoções tão fortes num rapaz tão novo... O rapaz olhou o céu e, enquanto acariciava os seus caracóis, esfregou os olhos e levantou-se com um sorriso enorme do tamanho do mundo.
Depois de ler, notei que dos meus olhos caiam lágrimas. Não de desespero, mas sim de felicidade. Fui tocado por um anjo...
Ontem vasculhei memórias de outros tempos. Tempos em que se escreviam cartas. Vi um rapaz de caracóis sereno, com os olhos embergados de paixão a gatafunhar num papel. Quando acabou, sorriu para mim e deitou fora os gatafunhos. Curioso, aproximei-me e li:
O vento fresco da manhã envolve a minha pele com a mesma doçura com que me olhas. De repente deu-me uma saudade imensa daquele tempo em que tínhamos menos preocupações, daquele tempo em que nossas mentes e almas estavam dedicadas e dirigidas apenas para o prazer e para a satisfação do outro. Relembro esses tempos em que sorríamos com mais naturalidade e só o simples facto de estarmos juntos, era por si só fantástico. Tornamo-nos exigentes demais! Estamos viciados numa mania estranguladora de procurar em lugares distantes algo que talvez esteja mesmo diante de nós.
Parei para pensar um pouco e concluí que ainda é possível revivier aquela época em que ausência do outro nos despertava a mais feroz das saudades, aquele tempo em que a chegada do outro nos fazia transbordar de felicidade.
Agora o manto da noite cai lentamente envolvendo-me numa bruma apaixonante. Tu não estás. Pouco a pouco a saudade invade-me e fico aflito a olhar para a porta, à espera que tu chegues de surpresa a qualquer momento. No meu peito ouço o bater de prazer e ternura.
Interrompo o devaneio de imaginar esse reencontro. Levanto-me de forma fugaz e sirvo-me de um copo de vinho. Aos poucos sinto-me mais feliz, porque o vinho contido neste copo traz-me os aromas frescos dos bosques e dos elementos que me alimentam o espírito. É através deste vinho que me chegam sensações, onde as dúvidas se desvanecem e o existir se torna claro e límpido como o nosso amor. É da natureza brilhante e transparente do vinho que me chegam respostas reveladoras e a consolação para todas as dores que a tua ausência me provoca.
Queria brindar contigo! Queria brindar ao amor que habita nas nossas almas!
Vou-me deitar mais uma vez sozinho, mas não são poucas as vezes em que me descubro a procurar o teu corpo na minha cama. Dou-te a mão e fecho os olhos. Sinto os teus cabelos no meu ombro, cruzo o meu braço sobre ti e acaricio o teu ventre por toda a madrugada, por toda a minha vida.
É tão bom ver emoções tão fortes num rapaz tão novo... O rapaz olhou o céu e, enquanto acariciava os seus caracóis, esfregou os olhos e levantou-se com um sorriso enorme do tamanho do mundo.
Depois de ler, notei que dos meus olhos caiam lágrimas. Não de desespero, mas sim de felicidade. Fui tocado por um anjo...
5 comentários:
Que bom que é o teu retorno à escrita. Assim que vi que tinhas novos "posts", surgiu-me um sorriso involuntário por entre os lábios.
Beijinhos
"Quem me tem feito voar se já não existem anjos?"
Afinal... estavas enganado, eles existem sim!
Também vi brotar lágrimas. Tinhas razão, está maravilhosa! Muitos beijinhos
~:) Sabe bem...às vezes estar sozinho sabe mto bem.
Mas qdo estou só, a coisa de que tenho mais saudades é desse sono abraçado, sentir uma mão no meu ventre, ou enroscada na minha mão, assim bem encaixadinha em caixinha, quentinha.....da respiração na minha nuca...do carinho meigo, do despertar suave e olhar doce.....tenho saudades.
Beijos grandes!
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