“Luanda é um caos”. Provavelmente já terão ouvido esta expressão da boca de alguém que está ou esteve recentemente na capital angolana. A mais pura das verdades. Uma viagem entre o centro e a periferia, à distância de 10 quilómetros, pode levar 3 horas. A circulação dentro da própria cidade é infernal desde as seis da manhã e até às 22. O domingo, quando está tudo fechado, é o único dia razoável para se sair de casa.A falta de transportes públicos agrava a situação. A TCUL – Transportes Colectivos Urbanos de Luanda e a Macon são as principais empresas, mas a sua frota é escassa, passa a maior parte do tempo avariada e tem dificuldades de circulação por entre o trânsito caótico em quase todas as artérias. As viagens custam 30 kwanzas (30 cêntimos de euro).E eis-nos chegados aos táxis. Os táxis não são como nós os conhecemos. Esqueçam as filas de Mercedes à espera de passageiros. Táxi, aqui, é carrinha Hiace (“iáce”, como pronunciam os angolanos) de nove lugares, onde nunca vão menos de 12 passageiros. Os “taxistas” conduzem que nem uns loucos, sobem passeios, andam em contramão, param onde lhes apetece, mas são responsáveis por manter a cidade em funcionamento. Quando a polícia decide apreender carrinhas ilegais, a cidade cai na quase ruptura absoluta, as pessoas não aparecem para trabalhar, o trânsito aumenta e o cenário é apocalíptico. As viagens podem custar 100 a 150 kwanzas e há quem precise de apanhar cinco táxis diferentes para chegar de um sítio a outro na cidade.
quarta-feira, novembro 25, 2009
VCP em Angola #8 - Transportes
Excertos de texto de alguém muito mais conhecedor de Luanda retirados daqui.
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