Antes de sair do aeroporto olhei pelo vidro fumado para o que me esperaria lá fora. Gente e mais gente com placas com nomes de estrangeiros. Gente e mais gente disposta a carregar as malas, a ajudar-te... em troco de gasosa.
Respirei fundo 3 vezes e saí como se nada fosse. Saiu o Véspera. Nem olhei para as caras. Dirigi-me directamente ao ponto de encontro com o meu motorista Sr. Pepino - que afinal se chama Hélio.
10 kilómetros nos separavam do Guesthouse. 10 km que fizemos em 3 horas. Uma confusão de trânsito. Um caos autêntico.
Tudo se vende nas ruas, nas filas de trânsito. Tudo, mesmo tudo. Vi Coca-colas, pilhas, t-shirts da moda, ferros de engomar, botijas de gás, CDs... tudo!
Filas intermináveis! Caos! Ninguem dá prioridade a ninguem. Conduzem que nem os doidos. Se bateu e está tudo vivo, siga que para a frente é que é caminho. Pela direita, pela esquerda...
Lá cheguei à Guesthouse e guardei a mala. Segui logo para a empresa. 10 minutos com trânsito a partir de casa. Aqui é luxo! É como se morasse no mesmo prédio do escritório.
Fui apresentado aos directores. Dos 5 directores que conheci, apenas um é negro. Os directores disseram que eu ia ser explorado ao máximo. Tenho trabalho para 2 meses, mas tenho-o de fazer em pouco menos de 3 semanas.
Voltei à Guesthouse para dormir. Tenho uma senhora lá em casa que me arranja a comida e tudo o que pedir. Simpática e modesta, como quase todo o Angolano.
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