A viagem correu bem. Além do atraso na partida e dos banco do avião desconfortáveis para dormir, correu bem.
O meu passaporte electrónico funcionou muito bem a sair de lisboa. Agora para entrar em Luanda...
A primeira impressão quando saí do avião: o bafo quente e húmido. Dizem que é uma sensação que jamais se esquecerá: pisar solo africano pela primeira vez e sentir o cheiro quente da terra vermelha. Os mitos e lendas dizem que é vermelha por todo o sangue derramada na conquista dos diamantes. Eu sou pela ciência e sei que a cor se deve ao ferro e argila.
Voltando corrupção, na alfândega passei muito bem pelo balcão oficial. "Primeira vez?", afirmei que sim. "Vacinas em dia?", outra vez sim. "Dinheiro na conta?" mais uma vez sim.
Logo a seguir, outro controlo alfandegário. Desta vez o oficioso! Depois de verificarem os documentos perguntaram: "Quanto dinheiro tens?" (Com pronuncia africana! Com as vogais bem abertas.) Foi-me difícil perceber a primeira vez e a minha resposta sincera foi "Quê?". Como quem não percebeu bem a pergunta. Depois do guarda policial perguntar 3 vezes seguidas "Quanto dinheiro tens?" e eu, mesmo tendo percebendo à segunda, fingi que não percebi e lá me deixou passar sem que desse a famosa "gasosa".
Pedem "gasosa" para tudo: para te ajudar a carregar malas, para te darem uma informação... para tudo! Gasosa é tipo "uma moeda pelos serviços".
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