quarta-feira, janeiro 31, 2007

Vamos?

- Vamos?
- Onde?
- Não sei!
- Mas...
- Mas o quê? Vamos?
- E se...
- E se o quê?
- Nada.
- Vamos a algum sítio!
- Onde?
- Já vemos!
- Mas tens alguma ideia?
- Ainda não.
- Então mas...
- Já se vê!
- Hmm...
- Vamos onde quiseremos ir! Mas vamos os dois!
- Parece-me bem!
- Não precisamos de mais ninguém!
- Pois não!
- Então, vamos?
- Claro!
- Então... até amanhã!
- Bons sonhos! Já nos encontramos!

Foram dormir! Os dois!

+ coragem


"Só temos coragem para com os que amamos, amando-os menos" - Stendhal

Será mesmo assim?

sábado, janeiro 27, 2007

Adeus e Depois do Adeus

NOTA: Em jeito de conselho, dedico este post a um casal amigo.

O Bruno não suportava mais aquela situação. Os dias e noites eram iguais e a rotina estava instalada. Após algum tempo de tentativas e insistência, deciciu terminar tudo. No entanto, a saudade, inesperadamente, surgiu. Ele andava um pouco angustiado, sufocado, sem paciência... a namorada não lhe correspondia. Um dia ganhou coragem e determinação. Telefonou aos amigos para comemorar a sensação de liberdade.

Muitas pessoas que julgam que tudo lhes corre mal atribuem a culpa ao seu relacionamento. Julgam que ele as aprisiona. E como a chama da paixão já não é a mesma, terminam com tudo de uma vez. São movidas pelo impulso e pela perspectiva de uma nova vida.

Após a loucura inicial de libertinagem alcoólica e sexual, o Bruno não consegui preencher o vazio que a Maria lhe deixou. Entrou então numa fase de introspecção. Um estado em que se apercebeu que estava farto de ser livre. Tinha saudades do cheiro dela, do toque, dos beijos, dos momentos que passaram juntos, e chegava até a ter saudades dos defeitos dela, que tanto reprovava. A sensação de perda bateu-lhe à porta e, provavelmente a certeza de que cometeu um erro.

Muitas pessoas têm a noção que erraram mas não voltam atrás, outras vão ter novamente com a pessoa que abandonaram. Nesta altura há duas opções: ou ela está sozinha, ou há outra pessoa no seu lugar. Cada pessoa tem a sua forma de agir e de encarar a situação.

Bruno tinha chegado à conclusão que não conseguia viver sem ela. Então, guardou o orgulho bem no cantinho e partiu à busca da sua felicidade. A confiança não era muita, mas tinha de tentar. Afinal foi ele que lhe disse adeus, mas a última palavra é sempre dela.

Por isso, antes de dizer o doloroso "Adeus" pense mais do que duas vezes. Por vezes, quando quer voltar, costuma ser tarde demais...

Chega uma altura da nossa vida, que o prazer dá trabalho e o trabalho dá prazer. É assim que queremos viver?

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Tão bom!

Chega a sexta-feira...

Tão bom ver os sorrisos nas caras com que me cruzo.
Tão bom dormir até mais tarde amanhã.
Tão bom surpreender alguém querido.
Tão bom que é o ócio no sofá.
Tão bom fazer algo diferente.
Tão bom estar despreocupado.
Tão bom abraçar aquela pessoa.
Tão bom que é o fim-de-semana!

Aproveitem muito bem os vossos fins-de-semana! Não se vão arrepender! Mas aproveitem MESMO!!

Bom fim-de-semana!

terça-feira, janeiro 23, 2007

Flashback

Acordei exactamente uns segundos antes do despertador. Os olhos abriram-se e fixei os números encarnados das horas. Olhei-os fixamente como se os quisesse hipnotizar. Aqueles dois pontinhos piscavam: tic tic tic... Cada vez mais lentos, apreciei-os da sua plenitude, no entanto o ritmo era sempre o mesmo; para mim, o tempo estava distorcido. Como se o tempo fosse eu, controlei-me e não avancei. Fiquei parado a descortinar as folhas do tempo.

Recordei as conversas deitadas fora, as descobertas conquistadas, os sonhos vividos, as gargalhadas soltas e os tantos momentos partilhados. Acho que cheguei até a ter saudades das angústias vividas e de todas as lágrimas caídas! O tempo não passava para mim e continuei a reviver todos aqueles momentos vividos: as noites de sábados, as tardes de domingo, o trabalho durante a semana...

Naqueles breves segundos toda a minha vida passou em flashback: os amigos com quem vivi, a família que amei, os amores que desdenhei,... Uma vida num segundo!

Depois a minha mente começou a clarear e a luz branca reconfortante chamava-me!

Como um relâmpago estonteante o despertador tocou e o tempo avançou! Abri os olhos e corri para o chuveiro. Vesti-me à pressa e saí de casa! Telefonei vezes sem conta a toda a gente! Queria gritar ao mundo a minha felicidade, a minha boa disposição! Aqueles momentos tinham-me libertado! São os bons pensamentos que nos fazem voar!

Fui ter com um anjo. Aquele anjo, que me deixa mais feliz que nunca, e partilhei com ele a minha felicidade! "É tão bom ter-te por perto!", sussurrei-lhe ao ouvido. O anjo não ouviu! Mas sentiu! Sei que sim, afinal é o meu anjo e ninguém me conhece tão bem como ele.

Agora só quero aproveitar o momento! Porque a vida é isso mesmo: momentos! Instantes únicos! Por isso grito: "Abraça-me! Envolve-me com as tuas asas no espaço deste instante que partilhamos! Depois, saltamos e voamos! Mas só com pensamentos bons, senão, não conseguimos voar!"

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Coragem

"Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo." - Mark Taiwn

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Rema, rema...



Eu irei só remar contra a maré,
P'la vida fora
Por muito que me digam
Que não vale a pena,
Que a vida é pequena.
Mais vale curta e com sentido
Que vivê-la arrependido!


(in Mico & Melo)

terça-feira, janeiro 09, 2007

Exigência

As relações humanas são tão interessantes... Não importa se haja amor, amizade, ódio, carinho, desprezo ou paixão. Nada disso importa numa relação, mas é fundamental que exista, pois sem ela a própria relação não existia. Em todas as relações há exigências de uma forma mais ou menos passiva, mais ou menos directa, mais ou menos falada. Essas exigências fortalecem a relação. Se as exigências não forem cumpridas, mais tarde ou mais cedo, começam a ser maiores e a envenenar a relação até ao seu fim.

Como seres racionais que somos, e à medida que a nossa vida se vai desenrolando, vamo-nos fechando e exigindo cada vez mais de uma relação. As exigências vão sendo feitas de parte a parte. Nunca mais vamos ter uma relação como a nossa primeira. Uma relação única e verdadeiramente sincera em que se dá tudo em troca de absolutamente nada.

A primeira relação que temos é com a nossa mãe ou pai. Nós exigimos comida, conforto, carinho,... Eles dão-nos tudo sem pedir nada e nós só lhe damos fraldas mal cheirosas e roubamo-lhes muitas horas de sono. Não importa, aquele amor é incondicional. Imaginem agora a primeira relação amorosa. No primeiro namoro nós damos tudo sem esperar nada. Não conhecemos o amor e, por isso mesmo, damos sem pedir.

Ao longo da vida umas relações vão terminando e outras começando. Em cada uma que passa vamos dando menos e exigindo mais. Só essas exigências nos protegem de novas quedas e desilusões. Mas também só essas exigências fazem crescer a relação. Crescer até ao ponto que nenhuma exigência precisa de ser feita. Até ao ponto de rebuçado. Único e verdadeiro com a primeira vez.

Deixem-me exigir um pouco: exijo que se zanguem comigo quando faço algo que pode comprometer a relação.

E vou exigir mais. Esta relação, entre mim e vocês leitores do 41m, precisa de crescer. Por isso exijo que cada um coloque aqui nos comentários deste post uma exigência que querem fazer numa qualquer relação que tenham com uma qualquer pessoa.

Voôs II


Estou aqui!

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Flash


Charles Bos disse "A cada instante há que sacrificar o que somos ao que podemos vir a ser".

O tempo agora é de coragem, audácia e ousadia.

É isso aí...

Ana Carolina e Seu Jorge

domingo, janeiro 07, 2007

Voôs

Os olhos abrem-se ainda colados do sono reparador. Os números encarnados a piscar dizem-me as horas que à primeira vista não os percebo. Pouco a pouco entendo o que me diz: são duas da tarde. Rebolo para o outro lado da cama para fugir aos raios que rasgam o quarto entre a janela semi-aberta. Não quero acordar. Não quero voltar a sentir nem mais um dia de ansiedade. A luz desperta-me a mente e, passinho e passinho, o cérebro vai arrancando. Imagino o que irei fazer neste Domingo. Descansar é uma boa hipótese. Mas não me apetece ficar em casa. O sol lá fora excita-me os sentidos e num salto frenético de energia explosiva levanto-me e vou tomo um banho rápido. Visto qualquer coisa, pego no meu carro e saio de casa.

Há dias em que ficar na cama me parece a melhor alternativa, outros que ficar na cama é ver a vida passar.

Não gosto de ver a vida passar. Gosto de dar passos na minha vida. De certeza me levarão a bons portos. Passo a passo. Devagarinho. Nunca com pressões e obrigações (que nos sufocam e nos prendem a um passado que jamais voltará). Ter a coragem de saltar do precipício é uma boa máxima. Saltar sem saber se o paraquedas vai abrir ou se vai aparecer um anjo que nos salve da queda. Na realidade, esse passo para o precipício é a única forma libertadora porque, de certeza, tudo irá mudar quando estivermos a cair vertiginosamente. O despenhadeiro é uma oportunidade de vida. Dar o passo em frente é buscar a felicidade. Nem que seja a felicidade de nos sentirmos livres durante os breves segundos da queda! Afinal, todos sonhamos voar! Coragem! Mas calma! Os humanos ainda não têm asas!

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Parece parece...

Um quarto vazio... O amanhecer rasga os olhos e no chão está roupa espalhada e um livro. Na cama, os lençois enrolados transpiram ainda suores de prazer. Na janela uma silhueta preocupada. O movimento do seu corpo prova-me a sua deslealdade. Já nada é intacto e o vento matinal sabe-lhe a amargo. As mãos na cabeça baixa, dançando com os despenteados cabelos, demonstram preocupação, insatisfação, saturação e aflição.

De súbito uma voz amiga passa-lhe as mãos pelos ombros e sussura-lhe: "Vai ficar tudo bem! Só precisas de te organizar."

Ele, assustado mas decidido, pega na roupa suja do chão e coloca-a no cesto, apanha o livro e junta-o aos outros da estante, faz a cama de lavado, deita fora os lenços ranhosos da noite, toma um banho, faz a barba, veste a roupa mais confortável que tem, faz o almoço e um bolo para o lanche, arruma a cozinha, telefona à namorada e vai passear pela baixa de mão dada.

Ficou tudo bem! Ele só precisava mesmo de arrumar a casa e voltar a estar com aquela mulher com quem passou mais uma noite fantástica.

Eu bem vos tinha dito: nem tudo o que parece é, mas tudo o que é parece. Hoje é sexta-feira. Faça com que tudo o que é pareca. Não finja! Não fuja! Somos únicos e verdadeiros! Só nos falta parecer! Ou será que parecemos únicos e verdadeiros e só nos falta ser?

De quem parece aquela silhueta?

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Um mimo

Este Natal não quis nada no presépio nem debaixo da árvore. Mas recebi tanto!

Foi um Natal diferente, onde o melhor presente que tive foi um sorriso de felicidade na tua cara. Estavas tão feliz!

Depois vieste ter comigo. Aconchegaste-te em conchinha perto de mim e ali ficámos os dois no mimo.

Xiu! Deixem-nos estar assim...

Feliz 2007