domingo, dezembro 10, 2006

Ele tentou!

- O que tens?
- Já te disse que nada!
- Não me enganas! Eu conheço-te!
- Nada!
- Pronto, está bem não é nada!
- Sim, não tenho nada!
- Claro que não tens nada! Vou sair, vens?
- Não! Espera! Onde vais?
- Vou dar uma volta enquanto não te passa o "nada".
- Mas...
- Até já!
- Espera! É que estou assim...
- Assim como?
- Assim...
- Eu sei como é. Sei o que eu sentes! Até já.

Ele saiu. Deu uma volta pela cidade. Pediu a todas as pedras da calçada um sinal. Ele nunca lhe pediu nada! Nunca quis mais do que ela lhe poderia dar. Nunca a obrigou a nada. Nunca a pressionou. Nunca a forçou. Deu-lhe a liberdade que fazer o que quis. Voltou então a casa.

- Voltei. Estás melhor?
- Estou.
- Ena! Estás com bom feitio, estou a ver! Boa noite.

Vestiu o pijama e foi para a cama. Amanhã será outro dia.

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